Revista Diocese Informa: Qual o maior problema enfrentado pela saúde pública de Joinville atualmente?
Tarcisio Crocomo: Leitos hospitalares. O acesso a procedimentos cirúrgicos (eletivos). Aqueles que, em comparação com outros casos de emergência, podem esperar. As maiores dificuldades estão em algumas especialidades como oftalmologia, neurologia e reumatologia. Também faltam profissionais especializados.
R.D.I.: Qual seria a solução?
T.C.: Na saúde sempre vão ocorrer necessidades. Como Secretário da Saúde, o que devemos fazer é sempre buscar soluções para aumentar os recursos financeiros e saber aplicar bem estes recursos.
R.D.I.: O que a Prefeitura Municipal de Joinville está fazendo de concreto para resolver os problemas?
T.C.: Em primeiro lugar, justamente gerir bem os recursos destinados à educação. Além disso, estamos sempre conversando com os hospitais e verificando a melhor forma de dar acesso, não só aos pacientes, mas também aos médicos, melhorando salários, etc. Hoje, mais de 30% do orçamento do município é destinado à saúde. Além disso, é preciso reequipar a atenção básica. Até fevereiro estão chegando 20 novos veículos. Também adquirimos 300 novos computadores e equipamentos odontológicos. Isso sem contar as novas unidades que serão construídas, o novo Pronto Atendimento na Região Oeste, ampliação do PA da Zona Sul, reforma de quatro unidades, e a conclusão do quarto andar e o novo pronto socorro do Hospital Municipal São José.
R.D.I.: E quais as áreas em que o atendimento da saúde pública é considerado satisfatório na cidade?
T.C.: Primeiro, é importante ressaltar que todos os atendimentos de emergência real são atendidos: traumas, infartos, etc. Além disso, hoje temos áreas em que não existem filas, como gastroenterologia e pneumologia; e também em exames como mamografia, endoscopia digestiva, tomografia e ressonância magnética. Cobrimos 100% da rede básica de saúde.
R.D.I.: O que a comunidade pode – e deve – fazer para ajudar?
T.C.: Antes de tudo, a população deve seguir os princípios básicos da boa saúde, o que chamamos de auto cuidado: boa alimentação, evitar a ingestão de bebida alcoólica e cigarro, praticar atividades físicas regularmente, etc. Sempre digo que as pessoas não devem esperar a doença, mas manter a saúde.
R.D.I.: De que forma a Campanha da Fraternidade pode ser importante trazendo como tema a saúde pública?
T.C.: Devemos lembrar que o Brasil tem um Sistema Único de Saúde (SUS) que nenhum outro país tem, com dificuldades, mas atende todos sem distinção. É importante que cada cidadão saiba o que é o SUS, como funciona e quais as suas competências. Acredito que a discussão sobre o assunto é importante e que a campanha pode ajudar a trazer esse conhecimento.
Marcela Passos - Jornalista Diocese de Joinville
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