29 de março de 2012

Amar a Deus sobre todas as coisas - Ex 20, 2-5

Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças” (Dt 6,5).

Encontramos aqui o convite realizado por Deus ao ser humano de crer somente Nele um Deus único colocando todas as suas confianças e dando-lhe o primeiro lugar, amando-o por primeiro. Sabe-se que Deus é fiel, imutável, ou seja, sempre o mesmo, perfeitamente justo. Da nossa parte ocorre a aceitação de suas palavras e depositar nele uma fé e confiança plenas. Não pela metade, mas sim confiar totalmente. Deus é poderoso e inclinado a realizar o bem. Como não colocar nossas esperanças nele? Como não enxergar sua bondade e ternura depositadas em nós no decorrer desses tempos? Deixar Deus ser Deus, amá-lo inteiramente e somente a ele render culto. Como nos fala a Sagrada “Adorarás o Senhor teu Deus” (MT 4,10). Adorar a Deus, rezar, oferecer-lhe o culto que lhe é devido, cumprir as promessas e os votos que foram feitos a Ele são os atos da virtude de religião que relevam da obediência ao primeiro mandamento.

Adorar a Deus é exatamente reconhecê-lo como o Criador e o Salvador, sendo Senhor e Dono absoluto de tudo que existe. O ato de adorar Deus único torna-se uma ação libertadora nos livrando do fechamento egoísta ocasionado pelo peso do pecado que nos torna escravos e dando espaço a idolatria tão presente no mundo. Devemos adorar a Deus e não cair nas superstições que são exatamente um desvio do sentimento religioso. Essas afetam também o culto que prestamos a Deus quando damos uma ênfase mágica a certas práticas que se tornam falsas e desnecessárias. Aqui também é dado o alerta de não se cair no politeísmo e exige de nós a não aceitação de deuses fora de Deus (não divinizar aquilo que não é de Deus).

A superstição é um desvio do culto que rendemos ao verdadeiro Deus. Ela se mostra particularmente na idolatria, assim como nas diferentes formas de adivinhação e de magia. A ação de tentar a Deus, em palavras ou em atos, o sacrilégio e a simonia são pecados de irreligião proibidos pelo primeiro mandamento.    Este mandamento se encontra na Bíblia assim: “Não terás outros deuses além de mim! Não farás para ti imagem, com semelhança alguma. Não te inclinarás diante desses deuses e não os servirás…” (Ex 20,3-6). No Egito, na “casa da escravidão”, a religião dos deuses era usada para reforçar o sistema e o poder do faraó. Ele fazia grandes estátuas e templos para impressionar o povo e mandava que o povo dobrasse os joelhos diante dele próprio, como se fosse um deus. Este mandamento, portanto, quer dizer um não a essa situação, convidando o homem a crer somente em Deus, a esperar Nele e a amá-lo acima de tudo. Não confundir o uso das imagens sagradas com idolatria, combatida neste primeiro mandamento. O uso destas imagens tem seu fundamentado no mistério da encarnação do Verbo de Deus. Além do mais, o uso de imagens de santos se iguala ao uso dado às fotografias de nossos entes queridos. Não contrariando o primeiro mandamento. O convite está feito: amar a Deus acima de tudo eis nossa primordial tarefa. Se realizarmos este mandamento em nossa vida certamente encontraremos a felicidade que não terá fim.

Pecados contra este mandamento

- Deixei de rezar as orações diárias por preguiça, por esquecimento?
- Rezei sem devoção?
- Duvidei das verdades de Deus?
- Acreditei em superstições, prestei culto a outros deuses?
- Coloquei outras coisas ou pessoas no lugar de Deus?
- Pratiquei a idolatria?
- Cometi sacrilégio, desrespeito com o sagrado?
- Consultei espíritos, benzedeiras, feiticeiras, cartomantes?
- Troquei Deus e a Missa por festas e outros passeios, por dinheiro?
- Será que Deus está sendo amado acima de tudo?
- Deixei-me tomar pelo desespero? Perdi a confiança em Deus? Fui ingrato? Duvidei de sua existência e de seu amor em minha vida?
 

Jackson Rampellotti

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