15 de maio de 2012

Relações familiares e a sobre carga de obrigações

Você é do tipo que tenta fazer duas ou três coisas ao mesmo tempo? Abre a correspondência e conversa com os filhos de uma só vez? Tenta dialogar durante o jantar, enquanto assiste o jornal na TV? Abre o ultimo e-mail ao mesmo tempo em que conversa com amigo pelo telefone e acompanha o ultimo placar do seu time favorito? Toma o café da manhã no carro a caminho do trabalho, enquanto escuta o rádio e tenta conversar com o marido pelo celular? No final do dia você fica olhando para o espelho e dizendo, que vida é essa que eu estou vivendo?
As pessoas estão se desequilibrando por conta da sobre carga de obrigações. Onde está o prazer de viver? Será que você consegue só ter prazer quando terminam suas obrigações? Nossos pais já diziam: primeiro as obrigações depois o prazer. A vida é um equilíbrio entre obrigações e prazer. Quanto mais obrigações tenho, eu devo ter mais prazer, para equilibrar essa balança, porque do contrário, posso sofrer com ansiedade, problemas de relacionamento, inseguranças, stress. Nossa vida anda muito agitada, não conseguimos parar, e o marido, filhos estão indo no mesmo ritmo.
Na nossa sociedade capitalista, consumista, nós vivemos nos exibindo um para o outro. As mulheres querem comprar aquele sandália, bolsa, se preocupam muito com a aparência, fazem plástica, frequentam salão de beleza. Os homens se exibem com o carro impecável, com roda x, com som y. Infelizmente os valores sociais estão equivocados. Cada um deve definir os seus valores. O que eu quero para a minha vida? Ficar me exibindo para as pessoas ou ter um relacionamento, uma família saudável?
Muitos casais estão se separando porque a mulher está preocupada com a plástica o homem em ter casa, carro. Eles não conversam mais, só trabalham o tempo todo, não tem os seus momentos de relacionamento, de convivência, de namorar e por isso os casamentos acabam. Quantos adolescentes perdidos nas drogas, na prostituição, ou mesmo na preguiça, não tem vontade de viver. Quando um pé muda o outro já está pegando fogo. Tem certos seres humanos que, se apostarem uma corrida concorrendo com duas lesmas, pois ganha uma das lesma e ele fica para trás, não fazem nem um esforço para superar as suas dificuldades.
Se analisarmos a vida de cada um, tentando compreender onde é que começou a dar errado aquela história, porque o filho age deste modo. Existe uma frase que diz: “Nessa vida não existe ser humano incoerente, porque todo mundo age conforme a história que recebeu. É muito triste quando descobrimos que temos culpa nos fracassos de nossos filhos, pois nem sempre estamos comprometidos em educar-los do jeito certo. Arranje um tempo para estar com seu filho, eu sei que você está cansada, já fez mil coisas durante o dia. Só que você é responsável por este filho que gerou, e ele precisa de atenção. Nossos filhos dependem muito de  nós no encaminhamento de suas vidas, o nosso exemplo, nossa experiência exerce grande influencia sobre eles. Você costuma sentar com seus filhos para contar um pouco da sua vida, sua história familiar, sua meninice, seus estudos, seus sonhos realizados, seus fracassos e seu mundo emocional? Quanta história bonita no coração de cada pai de cada mãe, que se perde no espaço, por não dedicarem tempo para isso. Temos medo de falar do “eu”.
Um teste poderia ser feito: perguntar aos filhos sobre a vida do pai e da mãe. O que eles saberiam contar? Penso que vai ser muito pouco. Muitos filhos se desligam dos pais porque na verdade a ligação que tiveram foi de alimento, estudo, roupas, comportamento social. Não será esse o motivo que distancia as gerações? Talvez esse seja um dos motivos que fazem adolescentes e jovens se juntarem em grupos, distantes dos pais, porque ali podem falar e escutar seus companheiros.
Margareth Oliveira

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por participar!