14 de dezembro de 2011

Natal, o que significa?


Em 2008, o Papa Bento XVI, em sua homilia dizia que: para os cristãos o Natal é muito mais que a lembrança do “nascimento de um grande personagem”.


Os valores da simplicidade, da amizade e da solidariedade, que tanto se exaltam nestas festas, afirmou o Papa, “não bastam para assimilar plenamente o valor do Natal”.


“No Natal, portanto, não celebramos simplesmente e em abstrato o mistério do nascimento do homem ou em geral o nascimento da vida; tampouco celebramos só o princípio de uma nova estação.”


“Nós sabemos que se celebra o acontecimento central da história: a Encarnação do Verbo divino para a redenção da humanidade”, acrescentou.


Portanto, explicou o Papa, o “Sentido eterno” do mundo “se fez tangível a nossos sentidos e à nossa inteligência: agora podemos tocá-lo e contemplá-lo”, e esse “sentido” “não é simplesmente uma ideia geral inscrita no mundo”, mas é “uma Pessoa que se interessa por cada um de nós”.


“Sim, existe um sentido, e o sentido não é um protesto impotente contra o absurdo. O Sentido é poderoso: é Deus bom, que não se confunde com qualquer poder excelso e distante, ao que nunca se poderia chegar, mas um Deus que se fez próximo de nós.”


Mas, por que Deus se fez um menino indefeso? Pergunta o Papa.


“Na gruta de Belém, Deus se mostra a nós como humilde ‘infante’ para vencer nossa soberba”, responde.


“Talvez tivéssemos nos rendido mais facilmente frente ao poder, frente à sabedoria; mas Ele não quer nossa rendição; apela mais ao nosso coração e à nossa decisão livre de aceitar seu amor.”


Sob influência franciscana, espalhou-se, a partir de 1233, o costume de, em toda a cristandade, se construírem presépios, já que estes reconstituíam a cena do nascimento de Jesus.


A árvore de Natal surge no século XVI, sendo enfeitada com luzes símbolo de Cristo, Luz do Mundo. Outra tradição de Natal é a troca de presentes, que são dados pelo Pai Noel ou pelo Menino Jesus, dependendo da tradição de cada país.


Apesar de todas essas tradições serem importantes (o Natal já nem pareceria Natal se não as cumpríssemos), a verdade é que não nos podemos esquecer que o verdadeiro significado de Natal prende-se com o nascimento de Cristo, que veio ao Mundo com um único propósito: o de justificar os nossos pecados através da sua própria morte.


Nesses tempos, sempre que alguém pecava e desejava obter o perdão divino, oferecia um cordeiro em forma de sacrifício. Então, Deus enviou Jesus Cristo que, como um cordeiro sem pecados, veio ao mundo para limpar os pecados de toda a humanidade através da Sua morte, para que um dia possamos alcançar a vida eterna, por intermédio Dele, Cristo, Filho de Deus.


Que haja neste Natal uma verdadeira conversão particular, familiar e comunitária; que em nossas paróquias, em toda a nossa diocese, aconteça um verdadeiro presépio, onde todos possam se sentir acolhidos, esquecendo de si e fazendo de Jesus Cristo, encarnado, morto e ressuscitado, o centro de toda a atividade pastoral.


Assim, não nos esqueçamos que o Natal não se resume a bonitas decorações e presentes, pois a sua essência é o festejo do nascimento Daquele que deu a Sua vida por nós: Jesus Cristo.


Um Santo Natal a todos e que Maria, a protagonista deste tempo, interceda por todos e que pelo seu exemplo de coragem, desprendimento e fé continue nos ensinando o verdadeiro significado do Natal.


Eloir Bez Batti

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