3 de janeiro de 2012

O perdão no casamento


O que é o perdão verdadeiro? Depende dos sentimentos? Depende de esquecer?


Aposto que você já conhece aquele ditado que diz: “Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”.


É claro que discutir de vez enquando é normal, porque da mesma forma que o casal briga acaba encontrando um entendimento e faz as pazes sem intervenção de outras pessoas. Mas há casos em que uma ajuda externa pode fazer a diferença. Por exemplo, em momentos quando a briga vira rotina dentro de um relacionamento.


Nas acusações muitas coisas aparecem e acabamos ferindo a pessoa que amamos. Temos uma tendência muito grande em repudiarmos qualquer tipo de sofrimento. De preferência, o deslocamos para outra pessoa.


Se você atravessa este problema, se irrita facilmente, não tem mais tolerância e não consegue perdoar, está na hora de pedir ajuda.


Procure sua igreja e seu pároco vai lhe orientar. Existem paróquias que possuem casais conselheiros que dão suporte a outros que passam dificuldades.


Deus nos perdoa sempre, pois seu amor por nós está acima de qualquer erro. O pior dos criminosos, o crime mais hediondo tem perdão diante dos olhos de Deus, porque Ele é misericordioso e vai sempre estender o seu amor em direção a nós.


Só que há um detalhe: há uma realidade humana que precisa ser perdoada. Muitas vezes, a dimensão do amor e do perdão de Deus não consegue atingir os casais, não é porque Ele não quer perdoar, mas sim porque os casais ainda estão terrivelmente machucados com o erro cometido.


Quanto mais você precisa perdoar, mais você descobre que aquela pessoa é essencial na sua vida. Caso contrário, você a mandaria embora.


Agora se você insiste, briga e depois retoma aquela pessoa na sua vida, é uma prova concreta de que você a ama e que esta é especial para você.


O dom de Deus é perdoar sempre, mas só terá eficácia na vida do casal a partir do momento em que a certeza deste amor nos faz corrigir o que é humano.


Ele já perdoou. Agora o processo é seu. É natural que a sua resposta seja dada a partir de uma tarefa e deve-se viver todos os dias um processo de reconciliação. É evidente que quanto pior for o erro e as conseqüências, maior será o trabalho que você terá.


Então o pecado não é um problema para Deus. Ele é um problema nosso, porque somos nós que convivemos com as nossas fragilidades. Perdoar não é passar por cima dos próprios sentimentos ou “dar a outra face”. É um processo longo e dolorido, pois é um ato voluntário de renúncia.


É muito importante entender que o perdão cura a pessoa que perdoa. Viver ressentido é viver com a dor agarrada em você. Por isso vivam uma nova vida e tenham uma atitude positiva de aceitação e ternura pelo outro.


Comecem tudo de novo evitando os erros cometidos. Faça a experiência de reconsiderar, de apagar do coração e da memória a ofensa recebida e permita ao ofensor a oportunidade de começar tudo de novo ao seu lado.


Colossenses 3,13 diz: “Assim como o senhor voz perdoou assim também deveis perdoar aos que lhe ofende”. Portanto, siga esse propósito de Deus e suas vida nunca mais será a mesma.


Autor: Margareth Oliveira

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