15 de março de 2012

Igreja - uma grande barca no mar da vida

Ao terminar de ler o Texto-Base da Campanha da Fraternidade 2012, dentre as questões relativas ao tempo uma afirmativa me chamou atenção: "O que foi prioritário para Jesus há de ser também para seus seguidores" (pág. 110). Afirmativa que me inspira a escrever estas linhas ainda que não especificamente sobre o tema da Campanha da Fraternidade.

Jesus Cristo falou muitas das vezes por parábolas, ou seja, contou histórias para representar ou simbolizar uma situação em que Ele deseja revelar o seu amor. Nesta mesma perspectiva desejo retratar sobre a Igreja instituída pelo próprio Jesus Cristo. "E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela." (São Mateus 16,18).

Vejamos nossa Igreja como uma grande barca onde Jesus Cristo é o Mestre. Esta barca navega no mar da vida, que pode apresentar calmarias, como pode de repente desencadear tempestade que não podemos vencer, aí necessitamos de socorro, neste momento a quem devo recorrer, ligo para 193 ou percebo que Jesus Cristo encontra-se nesta barca ainda que dormindo um pouco? A quem devo recorrer? Se realmente estamos com Jesus Cristo podemos acordá-lo sem que Ele fique irritado conosco e, com certeza, Ele irá acalmar a tempestade do mar da vida, ainda que nossa fé seja diminuta.

É preciso estar dentro desta barca para sermos seguidores bem de perto do nosso Senhor Jesus Cristo. Sabemos que o mundo oferece muitas barcas, posso embarcar ou ficar na praia, mas Jesus Cristo oferece gratuitamente a sua embarcação e, se realmente estamos dentro, nossa relação se torna mais íntima.

Devemos ficar atentos para que as tempestades do mar da vida não nos levem a cair fora. Para isso, devemos ter atitudes de verdadeiros seguidores do Mestre desta embarcação.

Nesta situação, além de zelar pela minha vida é necessário solidariedade para com os irmãos embarcados, também ter a atitude de fazer com que aqueles que estão fora possam embarcar conosco, bem como devemos zelar pela própria embarcação para que ele não sofra avarias. Afinal a sua construção foi e continua sendo prioridade para Jesus Cristo, o que significa ser prioridade para seus embarcados. O Mestre espera que cada um de nós pegue seu leme e reme em direção ao porto seguro revelado pelo amor de Deus.
 Ao entrar nesta barca não há como retornar, pois o Mestre espera que cada um tenha atitudes possíveis de acolher a todos que desejam embarcar. Que todos peguem seu leme e remem numa mesma direção seguindo a luz do farol que indica para o porto seguro do coração do grande Mestre desta embarcação.

Assim, vejamos se a nossa barca não se assemelha com a barca do Evangelho de Mateus 8, 23-27:

“Subiu ele a uma barca com seus discípulos. De repente, desencadeou-se sobre o mar uma tempestade tão grande, que as ondas cobriam a barca. Ele, no entanto, dormia. Os discípulos achegaram-se a ele e o acordaram, dizendo: Senhor, salva-nos, nós perecemos! E Jesus perguntou: Por que este medo, gente de pouca fé? Então, levantando-se, deu ordens aos ventos e ao mar, e fez-se uma grande calmaria. Admirados, diziam: Quem é este homem a quem até os ventos e o mar obedecem?”

Edson José Gomes
Paróquia Divino Espírito Santo
Barra Velha/SC

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