25 de abril de 2012

Quando o medo nos paralisa

Venho escutando há muito tempo o aumento progressivo de casos de pessoas que possuem medo de algo em específico e paralisam suas vidas por causa deste medo. Medo de perder algum familiar, de morrer, de sair de casa... Por isso, achei muito importante um espaço para esclarecermos até onde o medo é considerado natural, e quando ele passa a nos prejudicar.

Mas afinal, o que é o medo? De maneira geral, o medo é uma emoção natural, tanto do ser humano quanto de todos os animais. Todos nós possuímos medo, pois ele serve para que, em momentos de perigo, nosso organismo reaja de maneira apropriada para poder sobreviver a este momento. Por exemplo: quando estamos com medo, nosso coração bate mais acelerado, pois nosso corpo exige maior bombeamento do sangue, caso precisemos correr ou algo parecido. Ou seja, o medo é algo natural. Quando a ameaça vai embora, voltamos ao curso normal de nossas vidas.

Contudo, em alguns casos, o medo pode ser mais elevado que o normal, inclusive pode ser tamanho que parece que vamos morrer, literalmente. Nesses casos extremos, que paralisam nossa ação, passamos a chamar o medo de fobia.

Fobia, em uma linguagem mais comum, quer dizer o medo exagerado diante de algum objeto, animal ou situação específica. Sendo assim, ela passa a ser um medo exacerbado e, na maioria das vezes, irracional. Em casos assim, a fobia pode vir junto com ansiedade, angústia, sentimento de morte iminente, coração acelerado, mãos suadas, falta de ar, entre outros sintomas. Porém, o maior impacto que uma fobia pode causar é justamente impedir que nossa vida flua com saúde, e passamos a nos trancar em nosso próprio medo.

Não há como prevenir seu desenvolvimento e ela pode aparecer em qualquer momento de nossa vida - principalmente diante de alguma situação traumática. Mas o que se pode fazer para evitá-la é buscar, diariamente, uma estrutura psicológica mais sólida, tendo em vista que nossos medos não podem limitar nossas atividades.

E o que fazer? Indica-se, em casos fóbicos, um acompanhamento psicoterápico, visando auxiliar na compreensão dos fatores que desencadeiam tais sintomas.

Mas e diante dos nossos pequenos medos? Aqueles que diariamente acabam por atrapalhar nossa rotina, mesmo que não seja de modo tão grave?  O que posso dizer é: não há problema em termos medo. O problema habita quando não o administramos de forma correta. São diversos os casos em que perdemos grandes oportunidades em nossas vidas pelo medo de tentar, de arriscar.

Em poucas linhas, devemos analisar a origem de nossos medos, pensar sobre eles e perceber nossos sentimentos. Olhemo-os com mais naturalidade, e do menor medo até o maior medo, vamos fazendo este crescimento interno de desenvolver a coragem de viver, mesmo com a presença dos problemas e perigos. Afinal de contas, ter coragem e resistir ao medo é ter domínio sobre ele.
 

Fonte: Psicólogo Adriano Schlosser

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